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TINKER NEWS

COMO FUNCIONA O PROCESSO DAS CARTAS CONSULTA DA FUNDAÇÃO TINKER

POSTOU: NOVEMBRO 1O, 2021

A maioria das fundações nos Estados Unidos não aceitam propostas de financiamento sem sua prévia solicitação. Por quê a Fundação as aceita?

A Fundação Tinker outorga a maioria das concessões mediante um processo de inscrição aberto, no qual as cartas consulta representam o primerio estágio do processo de solicitação (descrito mais detalhadamente aqui). Nesta publicação explicamos mais sobre como e por que utilizamos as cartas consulta.

Por que a Fundação utiliza as cartas consulta como primeiro estágio do processo de solicitação?
Como organização financeira com uma ampla missão de dar apoio às organizações da sociedade civil que trabalha na América Latina, mantemos um processo de inscrição aberto que permite que qualquer organização que atenda às exigências possa solicitar financiamento. Esta prática permite à Fundação aprender sobre as organizações e sobre as formas pelas quais as ONG estão abordando os desafios imperiosos de hoje em dia. Acreditamos que isso também faz com que nosso financiamento seja mais accessível para as instituições emergentes da região. Com cada ciclo de cartas consulta, recebemos comunicações de centenares de organizações que trabalham nas nossas áreas programáticas, o que pode levar a um financiamento futuro ou a um fortalecimento das relações.

O processo de carta consulta é muito competitivo?
Geralmente recebemos pelo menos 500 cartas consulta para as três áreas programáticas em cada ciclo e as vezes muitas mais. Das cartas que recebemos, solicitamos uma proposta completa de menos do 10% das organizações solicitantes, segundo o programa. Em outras palavras, rejeitamos pelo menos 90% das solicitações que revisamos para encontrar projetos que se alinham com as nossas prioridades programáticas. O formato resumido das cartas consulta permite que nossa equipe estude uma grande quantidade de solicitações e ao mesmo tempo diminui o esforço exigido das organizações neste estágio precoce do nosso processo. Nossa equipe reserva várias semanas por ano para estudar atentamente as solicitações e fazer o acompanhamento.

O que faz com que uma carta consulte se destaque? Quais são as caraterísticas típicas das cartas consulta que recebem o convite para apresentar uma proposta completa?
As cartas consultas mais fortes descrevem claramente o motivo pelo qual o projeto é relevante, a razão pela qual a organização é idônea para fazer o trabalho e por que o momento é adequado para o trabalho proposto: por que isto, por que nós, e por que agora. As cartas consulta proporcionam uma descrição clara e concisa do problema ou desafio que será atendido e oferece mais detalhes sobre como a organização está enfrentando o problema, assim como as suas potencialidades e capacidades. A Carta consulta também deve comunicar a escala da intervenção proposta (por exemplo, trata-se de uma comunidade, de 20 comunidades, de toda uma província, etc.). Em suma, como a Fundação recebe inúmeras cartas consulta, dependemos da inscrição para transmitir o contexto e o trabalho proposto sem exigir mais pesquisas ou acompanhamento significativos. Os oficiais de programa utilizarão o processo de proposta para se aprofundarem ainda mais sobre esses elementos.

Quais são alguns dos motivos comuns pelos quais as cartas consulta são rejeitadas?
Em cada ciclo recebemos muitas cartas consulta que não estão alinhadas com as nossas prioridades programáticas. (Recomendamos fortemente às organizações que irão se inscrever que revisem a descrição do programa pertinente antes de começarem o processo da carta consulta. Os oficiais de programa da Fundação Tinker estão disponíveis para fornecer mais informações: A forma mais eficiente de se comunicar conosco é por meio de email.)

Outro motivo comum para que uma solicitação seja rejeitada é o alcance do projeto proposto. O financiamento da Fundação trabalha com projetos em diferentes níveis de maturidade, desde experiências precoces a programas piloto prontos para passarem a intervenções comprovadas. Dessa forma, geralmente financiamos oportunidades que têm relevância política ou a capacidade de fazer uma mudança mais além do nível local. Os projetos que se concentram em uma única comunidade ou contexto e que não estão associados a maiores oportunidades de políticas ou que tenham o potencial de alcançar uma escala maior têm mais probabilidade de serem bem-sucedidos.

Por último, está o desafio real da oferta e da demanda. Simplesmente não temos o orçamento de concessões suficiente para atender ao volume de solicitações que temos que rejeitar muitos projetos promissores em cada ciclo.

A Fundação oferece um retorno a todas as organizações que recebem uma rejeição? A Fundação oferece sugestões para outras fontes de financiamento?
Quando rejeitamos uma carta consulta, nos esforçamos para proporcionar uma breve justificativa ao candidato, reconhecendo o tempo dedicado a preparar a carta consulta. No entanto, dado o volume das inscrições e consultas que recebemos e o pequeno porte da nossa equipe de programas, geralmente não podemos oferecer um retorno mais detalhado. A menos que seja indicado de outra forma por um oficial de programa da Fundação Tinker, não aconselhamos às organizações a apresentarem novamente um conceito de projeto que tenha sido rejeitado. Incluiremos ideias de outras fontes de financiamento como parte do nosso retorno sempre que possível.

Além de identificar oportunidades de financiamento específicas, o que a Fundação aprende dom o processo das cartas consulta?
Nosso processo de cartas consulta permite atualizar constantemente o que entendemos dos desafios chave enfrentados pela América Latina e das estratégias que surgem para enfrentá-los. Observamos as tendências dos temas dos projetos e do perfil das organizações, assim como das condições que mudam em lugares específicos. Para nossa equipe com base em Nova Iorque, esta informação das bases constitui-se em uma fonte importante de aprendizado e descoberta que acompanhamos com pesquisas posteriores, consultas a especialistas e viagens à região.

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